Tarde de Outono

Tarde de Outono

 

Era uma vez, numa bela tarde de Outono, à beira de um beco sem saída, uma bruxa que fugia à regra: ela era a bruxa mais simpática que se podia imaginar.

Nesse beco sem saída, ela encontrou um belo gatinho: era preto e tinha olhos verdes cor-de-lima..

- Que lindo gato que ele é! E condiz com o meu chapéu: também é preto! Vou levá-lo comigo! – e assim fez.

Quando o levou para casa, escondeu-o debaixo da sua cama numa almofada fofa e confortável.

        Isso mostrava que era uma bruxa nova e ingénua.

        Mal o seu pai vampiro adormeceu, saiu de casa e levou consigo o gato.

Mas… não correu tão bem como a bruxa esperava! Foi por um atalho e passou por uma quinta com grandes e densos campos de milho.

De repente, viu uma grande sombra… Era um ciclope!

 - A tentar roubar o meu milho? Vai-te embora desmiolada! Tu e o teu gato!

-Mas eu tenho de ir embora por aqui! - o ciclope não aceitou: agarrou a bruxa pelos cabelos e arrastou-a para a sua casa.

- Agora não sais daqui! – disse o ciclope.

Mas a bruxa teve uma ideia: mandou o gato distrair o ciclope e fugiu. Disse ao gato para voltar ao beco sem saída.

E nada mais se soube da bruxa.

Passado algum tempo, soube-se que a bruxa foi buscar o gato e começou a ser mais responsável.

O gato e a bruxa enfrentaram dragões, feras e muitos monstros ao longo da sua vida. Até que ambos morreram.

Foram sepultados juntos, agarrados um ao outro.

 

Sara Polónia, nº 23

Viriato David da Silva Francês, nº 24

Renata Coelho, nº 21